Emancipação feminina e modelos de organização social e familiar na Guiné-Bissau

Abstract

Esta dissertação, desenvolvida no âmbito do Mestrado em Sociologia no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, tem como principal objetivo compreender a emancipação feminina e os modelos de organização familiar e social na Guiné-Bissau. Pretende-se, assim, analisar as representações sociais de homens e mulheres guineenses e como estas influenciam as dinâmicas dos papéis desempenhados no seio familiar, bem como as práticas relacionadas com o género. A investigação adotou uma abordagem metodológica qualitativa, recorrendo à realização de entrevistas semiestruturadas com sete casais, totalizando 14 participantes. As entrevistas visam explorar os posicionamentos de homens e mulheres face às práticas de género, à divisão sexual do trabalho decorrente da emancipação feminina, e à forma como ambos são representados nos espaços público e privado. Além disso, o estudo promove uma discussão sobre as representações sociais, a divisão sexual do trabalho e a articulação entre os espaços público e privado, tendo como base as narrativas dos entrevistados. Desse modo, esta pesquisa procura contribuir para o aprofundamento do conhecimento sociológico sobre as práticas de género na Guiné-Bissau e contributos para o desenvolvimento de políticas públicas mais equitativas e eficazes.

This dissertation, developed within the scope of the Master's in Sociology at ISCTE – University Institute of Lisbon, aims to understand female emancipation and the models of family and social organization in Guinea-Bissau. The objective is to analyze the social representations of Guinean men and women and how these influence the dynamics of roles within the family, as well as gender-related practices. The research adopted a qualitative methodological approach, using semi-structured interviews with seven couples, totaling 14 participants. The interviews aim to explore the positions of men and women regarding gender practices, the sexual division of labor resulting from female emancipation, and how both are represented in public and private spaces. Furthermore, the study promotes a discussion on social representations, the sexual division of labor, and the articulation between public and private spaces, based on the narratives of the interviewees. In this way, the research seeks to contribute to the deepening of sociological knowledge about gender practices in Guinea-Bissau and to offer insights for the development of more equitable and effective public policies.