Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/8738
Autoria: Pedro, Martinho
Data: 2015
Título próprio: As repercussões do elitismo colonial português na exploração da terra em Moçambique (século XX)
Paginação: 279-290
ISBN: 978-989-98499-4-5
DOI (Digital Object Identifier): 10.15847/cehc.prlteoe.945X023
Resumo: The development of the Portuguese colonial system in Africa and, specifically, in Mozambique, was bounded by an imagination that opposed two existential worlds in the field, marked by a differentiation of knowledge, activities and functions, rights and duties, etc. The colonizer’s elitism, formally linked to a more theoretical, rational, scientific and administrative view, directly affected the connection of settlers with the activities in the secondary and tertiary sectors, thereby tacitly marginalizing everything that was linked to the primary sector. We argue that this elitism led to a dilemma in land use in Mozambique by creating one of the most interesting paradoxes of 20th century Portuguese colonization: though mainly composed of settlers coming from the countryside, this group did not limit itself to sectors directly linked to the land, and capitalized its origins in favour of the colonial resources that the metropolitan Portuguese economy depended on from the 1930s: the textile industry. We argue that, in turn, this elitism that followed colonization by influencing elements directly connected to the land, was reflected in the way land/space was managed. It had a direct impact on contact areas between the groups present in the colonial space and, ultimately, in the effective control of space that attached Africans to colonial goals pursued by Portugal.
O desenvolvimento do sistema colonial português em África e, especificamente, em Moçambique, foi formatado pela extensão de um imaginário que, no terreno, contrapunha dois mundos existenciais, demarcados por uma diferenciação de saberes, actividades e funções, direitos e deveres, etc. No lado do colonizador, a presença de um elitismo, ligado formalmente a uma visão mais teórica, pensante, científica e administradora, condicionava a ligação directa dos colonos às actividades do sector secundário e terciário, marginalizando tacitamente tudo o que estivesse ligado ao sector primário. Tal elitismo desenvolveu, como primeira proposição, um dilema na exploração das terras em Moçambique, ao ter criado um dos paradoxos interessantes da colonização portuguesa do século XX. Esta foi maioritariamente constituída por colonos vindos do meio rural, que dificilmente conseguiram circunscrever-se a sectores directamente ligados à terra, a ponto de capitalizar a sua proveniência em prol da exploração de um dos recursos coloniais de que dependia a economia portuguesa metropolitana a partir da década de 30: a indústria têxtil. Por sua vez, ao ter condicionado este distanciamento aos aspectos que estiveram directamente ligados à terra, o elitismo que acompanhou a colonização terá, a nosso ver, tido reflexos directos na forma de gestão da terra/espaços, com impacto na amplitude da superfície de contacto entre os grupos presentes no espaço colonial e, em última instância, no controlo efectivo do espaço colonial por Portugal.
Arbitragem científica: Sim
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CEHC-CLI - Capítulos de livros internacionais

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