Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/8726
Autoria: Delfim, Graça
Data: 2015
Título próprio: História da propriedade eclesiástica nos Açores: o património do convento de São João de Ponta Delgada (século XVII)
Paginação: 135-143
ISBN: 978-989-98499-4-5
DOI (Digital Object Identifier): 10.15847/cehc.prlteoe.945X011
Resumo: Since the “Clarissas” were cloistered, it naturally became pertinent to find means of subsistence without breaking the vows they abided by. The fact that the order of Santa Clara was barred from daily communion with the outside world raised early on the question of the sustainability of women groups subjected to this way of life. Ensuring their intramural sustainability became crucial. In the case of the convent of São João of Ponta Delgada, this difficulty was mitigated by husband and wife Manuel Martins Soares and Maria Jácome Raposo’s intention of establishing a convent close to their house. The document creating the convent of São João shows that the reason behind it was the spiritual inclination of the couple’s two young daughters, who would devote themselves entirely to religion. Manuel Martins Soares and Maria Jácome Raposo ensured the building of the Convent of São João from a church erected in their residence area with a dowry of 450 cruzados, intended for the preservation of the future religious community. The endowments of the professed and the purchases and leases also contributed to maintain the sustainability of the convent, as well as to confirm the eminently rentier profile of the convent defined by the original endowment. This text is also a space for reflection and debate on the findings and issues arising from the study in question.
Estando as Clarissas sujeitas à clausura, óbvio se torna a pertinência de conseguir meios de subsistência sem com isso obstar aos votos a que estavam sujeitas. A circunstância de à regra de Santa Clara ser vedada a comunhão diária com o mundo exterior questionou desde o começo a sustentabilidade dos grupos femininos submetidos a esta forma de vida. Tornou-se imperativo asseverar a sua sustentação intramuros. No caso do convento de S. João de Ponta Delgada esta dificuldade foi minorada pela intenção do casal Manuel Martins Soares e Maria Jácome Raposo que junto às casas de morada desde cedo manifestou a intenção de instituir um Convento. O documento instituidor do convento de São João traduz as causas que levaram à sua fundação, as quais se prendem com a motivação espiritual de duas jovens filhas do casal que viriam a devotar-se inteiramente à religião. Por este meio Manuel Martins Soares e Maria Jácome Raposo garantem a edificação do convento de São João a partir de uma Igreja erguida na sua área de residência com um dote no valor de 450 cruzados para a manutenção da futura coletividade religiosa. Os dotes das professas, as aquisições e os contratos de locação similarmente vieram contribuir para a manutenção dos níveis de sustentabilidade do cenóbio, tal como corroborar o perfil eminentemente rentista do convento que foi logo delineado pela primeva dotação. O teor do trabalho desenvolvido apela a que este texto também constitua um espaço de reflexão e de debate em torno das conclusões e das questões decorrentes do estudo em causa.
Arbitragem científica: Sim
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CEHC-CLI - Capítulos de livros internacionais

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