Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/29499
Autoria: Rêgo, J. S.
Castro, M.
Editor: Orlando Simões
Data: 2019
Título próprio: Preservação vs. utilização do território: Nova utilidade social do pastor e o acesso às terras de pastagens
Título e volume do livro: Paisagens culturais: heranças e desafios no território. Atas do VIII Congresso de Estudos Rurais & VIII Encontro Rural RePort
Paginação: 224 - 337
Título do evento: VIII Congresso de Estudos Rurais & VIII Encontro RuralRePort
Referência bibliográfica: Rêgo, J. S., & Castro, M. (2019). Preservação vs. utilização do território: Nova utilidade social do pastor e o acesso às terras de pastagens. Em O. Simões (Eds.). Paisagens culturais: heranças e desafios no território. Atas do VIII Congresso de Estudos Rurais & VIII Encontro Rural RePort (pp. 224-237). SPER – Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais. http://hdl.handle.net/10071/29499
ISBN: 978-972-96347-5-8
Palavras-chave: Pastorícia -- Pastoralism
Injustiça ambiental
Conservação do património -- Heritage conservation
Incêndios florestais
Antropologia ambiental
Resumo: Paisagens culturais são territórios historicamente construídos frutos da ativa interação entre o ambiente natural e as comunidades humanas. A alteração desse equilíbrio construído pode provocar tanto degradações ambientais como injustiças a populações que da terra tiram o seu sustento. Inúmeros casos ilustrativos dessa relação estão disponíveis na literatura. Em Portugal, agricultura, pastorícia e queimadas foram os agentes dominantes de modelação da paisagem desde o Neolítico. No decorrer do século XX, entretanto, a expansão da área florestal nos baldios e o seu fecho a outros usos provocou uma asfixia do sistema agropastoril tradicional e induziu uma rápida modificação da ocupação e do uso da terra, especialmente em regiões onde a pastorícia era importante. Com o gado proibido de acessar as novas florestas, a pastorícia foi seriamente comprometida por falta de pastos. A fragmentação do equilíbrio territorial que prevalecia propulsionou comunidades pastoris a uma situação de precariedade e vulnerabilidade social, e deu espaço a um regime de incêndios descontrolado conhecido como Terceiro Fogo. Há, hoje, um discurso crescente que reconhece a utilidade social da pastorícia na manutenção da biodiversidade e prevenção de incêndios florestais. Após contextualizar esse processo de desarticulação do equilíbrio territorial em Portugal, este trabalho procura retratar o cotidiano de pastores de cabras no acesso às terras de pastagens. Ele resulta de uma investigação de doutoramento em antropologia em curso, cujos dados são coletados através de diálogos e observação no Centro e no Norte do país. Resultados preliminares indicam que a reconciliação das antes antagônicas dinâmicas de conservação da natureza e utilização do território ainda não é efetiva. O cotidiano de pastores depara-se ainda com constrangimentos vinculados à imagem social do pastor e a vestígios de políticas ambientais conservacionistas. O programa das “cabras sapadoras” é, nesse sentido, positivamente percebido pelo seu potencial de promover a legitimidade social da pastorícia.
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:CRIA-CRN - Comunicações a conferências nacionais

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